Início Europa França Van Gogh-a propósito de uma orelha

Van Gogh-a propósito de uma orelha

Van Gogh renasce sempre na mídia. Em recente publicação, o pesquisador Martin Bailey defende a tese que o artista cortou sua própria orelha, quando soube do noivado do irmão. Ele teria receio que Theo não mais o pudesse sustentar.
Acredito ser muito pouco encontrar uma única razão para explicar a enigmática personalidade do pintor. Desconfio de um breakdown. Mas, e o episódio da orelha?

Van Rappard, um dos amigos mais chegados de Vincent, em Arles, dá seu testemunho logo após o incidente: “…o que Vincent desejava era uma arte grandiosa, e sua luta gigantesca para se expressar devia minar qualquer artista. Não creio que é possível resistir a uma tensão sentimental e nervosa tão constante.”
O incidente que culminou com o corte da orelha foi um somatório de:

1) nove ininterruptos meses de trabalho vigoroso. Nunca um artista em poucos meses produziu tantas obras primas.
2) se alimentava mal para que sobrasse grana para as tintas
3) fumava demais e bebia muito absinto
4) estava com sífilis
5) havia colocado toda a esperança em um trabalho conjunto com Gauguim, mas o desencontro entre eles era imenso.

E, o bizarro episódio da orelha?
Este pode ser comparado ao costume da arena. Os artistas viviam em Arles, cidade francesa próxima à Espanha, onde eram comuns as touradas. Depois de matar o touro, o toureiro cortava a orelha do animal e presenteava a uma dama. Vincent, depois de cortar sua orelha a entrega para Rachel, uma prostituta.

No autorretrato com a orelha enfaixada, Van Gogh, veste uma boina muito semelhante a dos toureiros.Ilustração cajuzinho usada como ponto final das matérias da vmmv

ViramundoeMundovirado
"Viajamos para namorar a Terra. E já são 40 anos de arrastar as asas por sua natureza, pelos lugares que fizeram história, ou pela cultura de sua gente. Desses encontros nasceu a Viramundo e Mundovirado."

Must Read

Kamchatka, é prá lá que preciso ir

Kamchatka é longe, aliás longe à beça, lógico que saindo do Brasil, mas não pense que seja uma viagem de superação, nada do tipo ‘grande aventura’, de se exilar do mundo, nada disso. Apenas um lugar para elevar o patamar de minhas expectativas.

Belo Horizonte, hub cultural no coração do Brasil

A recompensa da viagem a Belo Horizonte chega a ser transformadora para quem se dispõe a colhê-la. As viagens rejuvenescem, e guardam sempre um segredo na volta. Qual seria o meu?

Vontade de viajar

A verdadeira vontade de viajar não é outra coisa senão a vontade perigosa de pensar sem nenhuma espécie de temores, de afrontar de peito o mundo e de ter resposta para todas as coisas, e sobre fatos importantes que virão. Uma vontade que não pode ser aplacada com projetos e livros, que exige sempre mais e custa sempre mais, na qual é preciso colocar o coração.

  Em Cunha, driblando a pandemia

Cunha, a 240 quilômetros de São Paulo, tem roteiros para uma viagem panorâmica, daquelas com um caleidoscópio de paisagens. Um lugar no qual se pode exercer a liberdade e a imaginação. Cunha é uma escolha natural para os viajantes.

Experiências no Litoral Norte de São Paulo

Experiências Litoral Norte é muito mais do que um guia de praias, restaurantes, hotéis e pousadas, os lugares apresentados pelo Circuito Iitoral Norte apontam para esse movimento de reconfiguração das viagens e seus relacionamentos. E, dá a chance de observar aspectos centrados nas diferentes culturas e tradições dos caiçaras que vivem nessa paisagem que atravessa a história do Brasil.